A Prisão dos Deuses

Dr. Ethan Graves, um arqueólogo obstinado, liderava uma expedição no deserto de Rúb al-Khālī. Ele buscava por uma cidade esquecida, mencionada em lendas antigas como lar de deuses aprisionados sob a terra.

Após semanas de escavação, sua equipe encontrou ruínas estranhas, compostas de pedras negras, lisas e marcadas com símbolos incompreensíveis. À noite, um vento começou a soprar, trazendo consigo sussurros que não pertenciam a nenhum ser vivo.

Um de seus assistentes, Liam, desapareceu sem deixar rastros, e o acampamento mergulhou em pânico. Graves, dominado pela curiosidade, insistiu em continuar, mesmo quando os outros relataram pesadelos com sombras se movendo sob a areia.

Logo, encontraram uma entrada para um túnel que descia profundamente no solo. Descendo a escadaria, chegaram a uma câmara vasta, iluminada apenas pelas tochas tremulantes. No centro, uma plataforma circular com uma abertura que parecia não ter fundo — um vazio absoluto que sugava a luz.

Graves sentiu uma presença nas profundezas, algo ancestral, adormecido por eras. Quando olhou para o buraco, compreendeu que a cidade não fora feita para mortais; era uma prisão para algo indescritível. De repente, sombras começaram a emergir da abertura.

Seus assistentes fugiram em pânico, mas Graves ficou paralisado, hipnotizado pela presença do que despertara. Ele viu, por uma fração de segundo, uma entidade cósmica, além da compreensão, algo que distorcia a própria realidade.

Acordou sozinho na superfície, o deserto havia engolido o acampamento e sua equipe. Ao longe, viu uma figura que parecia ser Liam, parado no topo de uma duna, cercado por sombras vivas que se agitavam.

Ethan soube que havia libertado algo terrível e que sua vida — e talvez o mundo — nunca mais seriam os mesmos. A cidade não era um mito. Era uma prisão. E agora estava aberta.

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